segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

A Promessa


As palavras são como as pedras que nos atiram para o caminho. Ou pegamos nelas e as atiramos para nos defendermos ou quem sabe, para nos magoarmos ainda mais. Podemos pegar nelas e guarda-las num canto qualquer ou podemos senti-las e retirar delas o melhor proveito. Tudo passa pela forma de estarmos na vida e pela forma como a enfrentamos. Por vezes nao damos sentido nenhum a uma pequena palavra e preocupamo-nos em querer ouvir discursos inteiros que no fundo no fundo nada nos dizem. Eu gosto de palavras pequenas, assim como de pequenos momentos pois são de tal forma intensos que me fazem prometer que nunca os esquecerei. Desta forma espero amar com mais intensidade, viver com mais energia e saborear todos os pequenos instantes como se fossem sempre os ultimos.

Escrito por Henrique Almeida

sábado, 13 de dezembro de 2008

"Vive como se fosses morrer amanhã.

"Vive como se fosses morrer amanhã. Aprende como se fosses viver para sempre."

A vida é um conjunto de pequenos retalhos, nostálgicos ou não, num conjunto de instantes e cores que passa em segundos. Formada de sonhos, de desejos, de vontades e circunstâncias. Instantes que simplesmente, valem uma vida inteira. Porém, há dias que se passam de qualquer maneira, e os momentos que passaram pertencem agora ao sagrado e já não voltam mais ao profano. E muitos não reconhecem que estar vivo é o bastante. Mas, descobre-se que nunca é tarde para aprender, aprender a viver, aprender a sabedoria da vida, descobrindo que basta estar vivo para morrer. Viver cada dia como o último para aproveitar cada instante ao máximo. Viver é isso, e basta saber, que a vida não é por ACASO. Viver é... como desenhar um quadro sem borracha!
Escrito por Henrique Almeida

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Poço das lágrimas

Sentei-me uma vez mais no areal húmido, fechei os olhos e deixe-me levar pela brisa do vento e pelo encanto da voz do mar. Revivi todos os momentos que passei junto de ti e senti saudades de todos esses instantes. Olhei no horizonte e procurei esquecer o que sei que nunca poderei abandonar… A tua presença na minha vida!Existem momentos na nossa vida, por vezes tão fugazes e superficiais que só mais tarde lhe damos a importância devida. De uma forma ou de outra, eles foram muito importantes para nós, e nós è que no momento correcto não lhe soubemos dar a atenção merecida. Depois existem, também, aquelas pessoas que se cruzam na nossa vida e embora não nos conheçam, basta contemplarem profundamente os nossos olhos e descobrirem através deles toda a nossa vida e ainda assim nos admirarem como quem procura o seu anjo da guarda. Olhei pelo horizonte em busca de outras marés, de outros momentos, de uma outra falésia que me abrigasse de idênticas tormentas, procurei no fundo, uma outra vida…. Eu adoro ouvir cantar o mar. A sua melodia é como quem chora por um momento de afecto e a deixa fugir em breves instantes. Há quem diga que é o destino e nada podemos fazer, eu acredito que o destino não acontece…limita-se a existir quando temos a coragem de abrir uma porta e percorrermos por aí um determinado caminho. Deixei-me ficar por ali mais uns instantes, lembrando-me de ti e do quanto me fazes falta. Que vazio sentia na minha alma e que angustia sofria por te ter perdido. Mas agora é tarde demais…A noite chegou, e revivi sozinho as noites em que fomos cúmplices ao fazermos da noite o nosso refúgio e do mar, das estrelas e da areia o mais belo e perfeito quadro de um pintor. Retratei na minha mente os momentos… um por um… que passei junto a ti. Senti saudades! – Senti muitas saudades! Senti um nó no meu peito e abri os olhos quando o mar me refrescou os pés e me fez regressar à verdade. Tinhas partido. Umavez mais e de uma vez por todas tinhas partido em busca da tua felicidade, que dizias existir apenas a meu lado.Uma vez mais também eu sonhava… sentia que me tocavas, que me segredavas ao ouvido juras que sabia não puderias cumprir mas que no fundo não eram mais que promessas sem compromisso…Na vida cada segundo conta e existe um dado momento em que um segundo muda todo um futuro. Eu não arrisquei e peço que me perdoes por isso. Quem sofreu e suportou a dor da solidão foste tu, porque tiveste a coragem de percorrer o caminho ao qual abristes a porta e eu nem sequer tive a coragem de espreitar pela janela…Olhei no horizonte, e recordei com nostalgia o tom da tua voz, a expressão dos teus lábios e o carinho da tua boca. Enterneci-me ao lembrar do teu olhar, e por fim chorei com saudade do aroma da tua presença. Senti naquele instante a minha pobreza e a importância da tua ausência, realidade amarga que se tornou mais sentida por saber que não voltarás a escrever uma folha no diário da minha vida e mais não és agora que um poço de lágrimas, com o qual rego a minha mágoa e o meu sofrimento.
Escrito por Henrique Rocha Almeida
Agosto2008

Por ti...sempre!

Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo... Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir as minhas mãos... Já expulsei pessoas que amava da minha vida, já me arrependi por isso... Já passei noites a chorar até ficar com sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos... Já acreditei em amores-perfeitos, já descobri que eles não existem... Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram... Já passei horas frente ao espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir... Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi... Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieto no meu canto... Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir... Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam... Já tive crises de riso quando não podia... Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva... Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse... Já gritei quando deveria estar calado, já me calei quando deveria gritar... Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar a uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar a outros... Já fingi ser o que não sou para agradar a uns, já fingi ser o que não sou para desagradar a outros... Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz... Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava... Já sonhei demais, ao ponto de a confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali"... Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais... Já liguei para quem não queria apenas para ligar para quem realmente queria... Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava... Já chamei pela minha mãe no meio da noite fugindo de um pesadelo... mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda... Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim... Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre... Não me mostrem o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração! Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente! Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão... Sou sempre eu mesmo, mas com certeza não serei o mesmo pra SEMPRE! Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das torturas mais poderosas, das ideias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes... Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos. Tu podes até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: - Que importa?
EU ADORO VOAR!

CL

Há locais que falam por si.

Há locais que falam por si.
Há locais que nos fazem ir ao encontro de novas pessoas, de novos projectos, de novas ambições… de sonhos.
Há locais que o tempo não nos apaga da memória mesmo que o Homem o modifique na sua essência física. No fundo são esses locais que guardamos sempre como pequenos quadros, como que pintados por mão de um pintor, onde cada traço não passa de um momento vivido… de um pedaço de nós e dos outros. Por vezes, olhamos para o quadro que criámos, e vemos nele essencialmente os pincéis que deveríamos ter usado e não usámos, os retoques que poderíamos ter dado e não demos e por vezes ao querer-se remediar é tarde demais? E perguntamos: - Porquê?
Em toda a minha existência associei sempre os locais às pessoas que conheci, e que partilharam comigo um dado momento. Essas pessoas, assim como os locais que neles vivi ou frequentei, são figuras vivas de um quadro que ainda hoje continuo a pintar. Não o terminei e como tudo na vida não sei como vai terminar. No fundo, no fundo não sei até que ponto gostaria de saciar esta minha curiosidade.
Medo? Receio? - Não sei! Há coisas que, como os lugares, adormecem dentro de nós com uma luz tal que nos deslumbra e nos faz acreditar que …é melhor ficar assim.
Será mesmo assim?
Eu acredito que na vida e em tudo o que nos rodeia todos os momentos e sensações que vivemos é o equivalente ao leito de um rio. - Tudo o que por ele passa, quer seja de bom quer seja de mau, deixa um pouco da sua essência, e tudo o que possa deixar marca modifica o seu brilho e o seu espectro, a sua pureza e a sua naturalidade assim como fios de tinta de um pincel, numa folha branca de papel…
E assim como o rio nasce e desagua no mar, assim a nossa vida começa e termina. E assim como pensamos que nada nos possa surpreender assim nos transformamos quando algo nos toca…no fundo. O que importa afinal não é o valor que damos à vida, pois ela tem o valor que tem, mas sim o significado que lhe atribuímos, e tudo o resto são ilusões, conquistas e segredos.
Até porque os pintores não morrem. Apenas adormecem nas telas!...
E eu acredito.

Escrito por Henrique Rocha Almeida

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Fala-me de ti.



Atalhei num determinado tempo por um espaço de efémera demora, na procura do motivo que reacendeu na minha mente, o desejo de reencontrar, mesmo que por breves instantes, uma fonte de inspiração há muito perdida.
Procurei de forma discreta e fugaz, tão nobre motivo, vagueando deste modo o meu olhar, em redor de mim, filtrando cada aroma que descobria, e que a cada instante memorizava inconscientemente.
Procurei num segundo relembrar-me de algo que há muito esquecera, e esquecera também, que são todos estes momentos os autênticos instantâneos da nossa vida.
Espelhados em memórias incessantes e repartidas, onde procuramos muitas vezes o porto de abrigo ou uma âncora que nos ajuda a fundear as nostalgias e as saudades e, por onde descobrimos os caminhos atalhados, pelo desejo e pelo vigor da vida e da existência, da paz e do amor. 
Foi num desses instantes que te vi. 
Pela primeira vez!, ...e  foi pela primeira vez que nesse mesmo instante verdadeiramente te olhei…
Fixei encantadamente os meus olhos na tua existência e guardei todos esses breves momentos na minha memoria. A mesma que te encontra só e desprotegida, num ermo de pensamentos de nostalgia e reflexão, numa força carecida de dádivas de amor, numa consistência pura de dedicado afago e ternura.

 -A vida é tão simples! 

- Só a consideramos complexa e difícil porque estamos fartos é de estar bem!!
Receias olhar-me nos olhos porque com eles profano a tua sagrada vida de silêncios, que tentas ocultar, no teu coração…pior será, na tua alma.
Receias a verdade porque no fundo anseias que te retire o véu. Como um amante que adora cada suspiro que libertas, e palpita por cada contacto que sente e alcança no teu corpo.
Dizes que sou demente quando no fundo a loucura reside no teu afago, na vontade, ou no teu medo, de amares um louco.

As opiniões dividem-se e quem vive de aparências morre a cada instante.



Escrito por
Henrique Rocha Almeida

Pecado

Fico sempre assim... Prefiro calar-me do que envolver-te nos meus pensamentos, mesmo sabendo,seres tu a razão da existência dos mesmos. ...